1 de outubro de 2023
Sensibilidade Dentária: 15 Causas e Soluções para um Sorriso Livre de Desconforto
Se tem um problema que gera um desconforto muito grande, com dores de cabeça constantes e dificuldade para mastigar, é a Disfunção Temporomandibular, conhecida como DTM. Isso, nada mais é que um problema na Articulação Temporomandibular, que chamamos de ATM.
Quem tem essa disfunção garante que é um alívio muito grande quando é feito o tratamento, seja ele com uma placa miorrelaxante ou com medicação.
Mas o assunto ainda gera muitas dúvidas: “tem cura?”, “como é o tratamento?”, “Vou precisar passar por uma cirurgia?”. Esses são só algumas das perguntas que recebemos frequentemente aqui na clínica.
Por isso, preparamos uma lista com as perguntas mais frequentes que ouvimos no consultório sobre ATM e DTM. Vamos começar pelos conceitos dessas duas siglas.
Bom, primeiro vamos explicar a ATM, a sigla para Articulação Temporo Mandibular.
Ela é uma articulação extremamente complexa e delicada que liga a mandíbula ao crânio.
É a ATM que nos possibilita falar, beijar, mastigar, engolir, entre outros movimentos.
A DTM é a sigla para Disfunção Temporo Mandibular.
Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, as Disfunções Temporomandibulares (DTM’s) englobam vários problemas que envolvem os músculos mastigatórios, a ATM e estruturas associadas, por exemplo a cervical.
Normalmente são relatados por sinais e sintomas musculares e articulares como dor, limitação de abertura bucal, movimentos mandibulares assimétricos e sons articulares.
Agora que você já sabe resumidamente o que é a ATM e a DTM, vamos às dúvidas menos conceituais.
Esse é o principal questionamento das pessoas que sentam na cadeira do consultório.
Obviamente, já devem ter pesquisado no Google (você pode até ter chegado nesse texto justamente por isso) para saber se é possível curar essa disfunção.
A DTM é considerada uma doença crônica. Ou seja, falamos sempre em controle dos sinais e sintomas e não na cura.
A boa notícia é que, por meio dos tratamentos atuais, conseguimos controle em mais de 90% dos casos.
Já que é uma doença e não falamos na cura, você já deve querer saber sobre o tratamento, certo? Vem com a gente que é o próximo tópico.
Podemos fazer uma lista com os objetivos do tratamento da DTM:
Educação do paciente, automanejo, intervenção comportamental, utilização de fármacos, placas interoclusais, terapias físicas, treinamento postural, além de exercícios, compõem a lista de opções aplicáveis a quase todos os casos de DTM.
Há diversos sintomas para a Disfunção Temporo Mandicular (DTM). Mas podemos citar como os principais:
Então, se você tiver com mais de um desses incômodos, provavelmente tem um problema de DTM.
Que a DTM causa dores de cabeça você já sabe. Mas ela também pode gerar dores nos olhos e nos ouvidos.
Alguns pacientes apresentam queixas de dores nessas regiões, que na verdade corresponde a condições articulares (processos inflamatórios, deslocamentos articulares, desarranjos estruturais).
Para tratar o problema, há uma série de exercícios que o paciente pode realizar, sempre orientado pelo profissional especialista.
Isso inclui para cada caso específico exercícios de alongamento para os músculos da mastigação, abertura orientada para estabilidade articular, exercícios para hipermobilidade, dentre outros.
Você deve procurar o Cirurgião Dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.
Em qualquer caso, o mais importante é procurar um cirurgião dentista especialista para que sejam passados os exercícios necessários.
Somente depois de um diagnóstico é possível orientar quais desses exercícios são melhores para o tratamento.
Já falamos de sintomas, do tratamento, de exercícios, mas uma das perguntas mais recorrentes é sobre as causas.
A DTM tem uma origem multifatorial, portanto é impossível isolarmos somente uma causa.
Portanto, traumas, bruxismo, ansiedade, depressão e doenças degenerativas, neurológicas, infecciosas, reumáticas e metabólicas são algumas das possíveis causas.
Em decorrência da causa indefinida e do caráter autolimitante optamos incialmente por tratamentos não invasivos e reversíveis, os quais têm mostrado altíssima eficácia.
Ou seja, a cirurgia não é a primeira opção de tratamento para quem sofre dessa disfunção.
Com relação às cirurgias de ATM, é possível afirmar que são necessárias em alguns poucos casos específicos, tais como anquilose, fraturas e determinados distúrbios congênitos ou de desenvolvimento.
Então, como nunca é demais lembrar, somente após uma consulta com um especialista é possível determinar a necessidade de uma cirurgia ou não.
Bom, alguns estudos mostram que entre 37,5% e 68,6% das pessoas apresentam ao menos um sinal ou sintoma de DTM.
Já em relação à necessidade de tratamento, a porcentagem na população adulta é estimada em 15%. Então, grande parte da população tem algum sintoma de DTM, mas a quantidade que efetivamente precisa tratar é menor.
E também vale ressaltar que as mulheres estão mais propensas a desenvolverem essa condição. Uma justificativa básica corresponde ao padrão de variação hormonal.
Até o fato da mulher procurar mais por acompanhamento médico é sugestivo dela ter mais dores, pois assim ela é mais diagnosticada.
Sem dúvida nenhuma essa é uma das perguntas mais frequentes no consultório!
Anos atrás quando se iniciaram os estudos de DTM, acreditava-se muito na associação entre a oclusão dentária (forma da mordida) e os sinais e sintomas de DTM.
Mas, após pesquisas que acompanharam pacientes ao longo da vida, percebeu-se que a oclusão não é associada à DTM, ou seja, não é corrigindo a posição de seus dentes que você vai melhorar ou prevenir o aparecimento de uma DTM.
Evite tratamentos irreversíveis tais como desgaste dentário, aparelhos ortodônticos, procedimentos cirúrgicos e reabilitação oral para tratar DTM.
Tem alguma pergunta que você também queria fazer para um especialista em DTM e ATM ? Deixe seu comentário abaixo!