1 de outubro de 2023
Sensibilidade Dentária: 15 Causas e Soluções para um Sorriso Livre de Desconforto
Os dentes podem ser indicados para extração por diversos motivos.
Entre eles, temos: cárie muito profunda, fratura dentária e os problemas periodontais (em estágio que causam mobilidade excessiva dos dentes).
Mas na terceira idade precisamos nos atentar principalmente a esses problemas periodontais.
Essa é uma doença que pode vir a acontecer caso não se mantenha um bom cuidado bucal e é bem comum em idosos. A consequência dela pode ser a extração de um ou mais dentes que venham a ter o problema.
E nesse momento pode surgir algumas dúvidas, como se há algum risco em idosos extraírem algum dente.
Por isso, preparamos esse post para falar exatamente sobre esse procedimento em pacientes idosos.
Muitos pacientes chegam à terceira idade com problemas periodontais agravados, os quais incluem severas perdas ósseas e consequentemente grande mobilidade de alguns dentes.
Os problemas periodontais podem ter relação a outras doenças sistêmicas comuns em idosos, como a diabetes.
Em pacientes idosos saudáveis, a cirurgia de extração não tem nenhuma preocupação.
Mas o cuidado precisa ser redobrado naqueles que apresentam doenças sistêmicas e principalmente que estão descompensados. Muitas vezes a cirurgia precisa ser autorizada pelo médico que acompanha o idoso, devido ao uso de anestésicos com vasoconstritores.
Devido ao risco de sangramento durante o procedimento, algumas medicações podem necessitar suspensão por um período e para isso o médico que acompanha o paciente precisa estar ciente e autorizar.
Os pacientes que são cardiopatas podem precisar de profilaxia antibiótica para eliminar o risco de endocardite bacteriana (quando uma bactéria normalmente da boca entra no sistema sanguíneo e pode chegar ao coração).
É sempre bom lembrar que cada caso é um caso e que é preciso uma avaliação do dentista para definir o que fazer.
De forma resumida, numa extração simples, a área é anestesiada e o dente, descolado do osso. Depois, a área é fechada com pontos.
Agora vamos destrinchar essas etapas.
Como qualquer intervenção, principalmente uma extração, precisamos de uma avaliação clínica. Nessa etapa, fazemos um diagnóstico do paciente e da boca.
Para termos um diagnóstico completo, é preciso de radiografias. Portanto, a avaliação clínica e a radiográfica são complementares.
Depois dessa etapa de avaliação, partimos para a extração. O primeiro passo é a aplicação da anestesia local.
Já com o procedimento iniciado, agora é preciso, se houver necessidade, aumentar a mobilidade do dente.
Se essa mobilidade já estiver excessiva, com um instrumento que parece uma alavanca, soltamos o dente da gengiva e do osso.
Assim, pode-se prosseguir para a remoção do dente.
Após extraído o dente, fechamos com pontos e passamos as orientações para que haja uma boa cicatrização. Explicamos no próximo tópico.
A recuperação em idosos pode ser normal (em caso de pacientes saudáveis) ou mais lenta (em caso de diabéticos).
Mas aqui vai algumas dicas que valem para todos, além de idosos.
É essencial deixar a área limpa para evitar infecções e manter repouso absoluto nas primeiras 48 horas para não haver qualquer sangramento.
Em relação à alimentação, é importante evitar alimentos com resíduos (como arroz e farofa) e dar preferência à ingestão de alimentos frios ou gelados, líquidos ou pastosos.
Após esse período, idosos saudáveis podem voltar às atividades leves cotidianas, mantendo-se fora os exercícios físicos e qualquer outro esforço.
Essas atividades poderão ser retornadas em 7 dias.
Para os que têm alguma doença sistêmica ou precisam de acompanhamento, o ideal é procurar o médico da sua confiança.
Se houve necessidade de alguma suspensão de medicamentos, por exemplo, o profissional poderá indicar quando voltar a usá-los.
Manter um bom cuidado bucal, com a escovação depois das refeições, uso do fio dental, escovação da língua e fazer o check-up com o dentista são essenciais para evitar uma extração dentária.
Fazer a escovação da língua é bem importante para remover a chamada saburra lingual, uma camada de bactérias, que gera mau hálito. Além disso, elas podem agravar problemas bucais e piorar até os problemas respiratórios.
Sem um bom cuidado bucal, abre-se uma janela de oportunidades para que as bactérias ataquem.
Por isso, familiares e cuidadores devem ficar sempre atentos para que o idoso mantenha os cuidados bucais em dia.
Portanto, não ter esses cuidados fazem com que a saúde, não só dos dentes, fique fragilizada.
Para concluir, voltamos então para a pergunta do título desse post. Há algum risco na extração de dentes em idosos?
Nos pacientes saudáveis, não há risco algum. E no caso dos que apresentam algum tipo de doença sistêmica e principalmente que estão descompensados, é preciso apenas alinhar com o médico que acompanha o paciente devido ao uso de medicamentos.
Em resumo, não há risco em passar pelo procedimento de extração na terceira idade quando bem planejado.
É também muito importante que o idoso ou os cuidadores/acompanhantes (quando for esse o caso) relatar todos os problemas de saúde que tem e as medicações com suas devidas dosagens. A sugestão é ter sempre anotado em um papel na carteira.
Ficou com alguma dúvida sobre a extração de dentes em idosos? Deixe seu comentário abaixo!